terça-feira, 28 de julho de 2009

O alho




Este utensílio em chacota já tem uns anos e estava amarelecido.
Depois que este "bichinho da decoupage" entrou na minha vida revolvi dar-lhe um novo look.
Não sei o que acham, mas mantém a urilidade e está com muito melhor aspecto.



"Vão de janela?"; "Tapa frestas?"

Como eu já disse anteriormente, há 10 anos atrás adquiri uma casinha, bem velhinha, onde eu recarrego baterias e faço várias coisas que gosto.
A casa é um rés-do-chão alto e tem cave, que antigamente era "loja" onde era feito o vinho, etc.
Quando vi a casa pela primeira vez, no rés-do-chão já era a zona dos quartos e, na antiga loja, era uma sala de estar e cozinha com lareira de chão.
Esta foto, que não passa de uma tábua de madeira decorada, tapa um acesso para exterior: um buraco, ao nível da rua, por onde vazavam as uvas, para depois na loja, serem pisadas...
Este "buraco", do lado da rua está gradeado e com rede e do lado de dentro tinha esta tábua, que estava cheia de parafusos, pregos, enfim, tinha sido aproveitada e posta ali.
Quando estava sentada a ver TV e sentia um vento nas orelhas, olhava para aqui e dizia: tenho de ver se consigo tapar aquelas frestas...
Ao fim de quase 10 anos, a altura chegou, nestas férias em Junho. Em cima dum escadote, retirei a tábua, e vi a desgraça em que estava (preços, parafusos enferrujados...) mas, como era quase à medida e não tinha outra e já tinha começado obra... O meu marido, com a ajuda do W40 conseguiu sacar os parafusos, depois os pregos, foi toda bem lavada, enchi as fendas e buracos com massa, lixei-a e pintei de branco. Entretanto, de novo no escadote, com espuma expansiva, fiz uma "moldura" à volta do buraco para que o vento não conseguisse entrar depois.
Escusado será dizer, que o trabalho ainda não tinha terminado... A moldura que vêem na foto foi encontrada no sótão, com meio espelho partido e em muito mau estado. Tirei os restos do espelho, limpei-a e passei-lhe verniz de Judeia. Resolvi aproveitá-la nesta tábua, fazendo um esponjado no espaço restante.
Está o que se vê, se fosse hoje, não é que já seja artista, estaria mais perfeita, mesmo assim, dá-me gozo olhar para ela, a moldura velha e desprezada parece um quadro e eu cumpri a minha missão: já vemos TV sem aragem nas orelhas.
Desculpem o testamento, mas é equivalente ao trabalho que me deu. Se tiverem paciência para o ler estão aptas para fazer qualquer coisa.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A bruxinha querida

Esta telha é dedicada à "bruxinha" que há dentro mim... mas que só adivinha e diz coisas boas. As más ficam guardadas cá dentro.

Decoupage, pintura à mão e 3D


Vela anti-insectos







quarta-feira, 15 de julho de 2009

Caixa de correio ou ninho?








Esta "caixa" foi feita artesanalmente por um tio do meu companheiro, há cerca de 30 anos, para ser caixa de correio.
Um dia, quando foi ver o correio encontrou lá dentro um ninho de alvéola.
Foi posteriormente substituída por uma caixa de correio nova, adquirida no mercado e esta ficou assim dentro dum anexo juntamente com outras coisas sem uso...
O meu companheiro ao ver o meu interesse pela recuperação de coisas antigas, com história, falou-me nesta caixa de correio que foi também ninho e deu-ma.
Com base no passado desta caixa, resolvi decorá-la com guardanapo com desenho de ninhos e o restante é pintura.


Funil





Este funil foi encontrado no sotão. É bem antigo e não tem asa, mas é mesmo assim.
Tenho lá outro mais pequeno para renovar.
Eles serviam para despejar o azeite das talhas para recipientes mais pequenos e para passar o mosto da lagariça para os pipos.
Por fora ficou com um ar fofinho, mas por dentro dei-lhe um aspecto contrastante, apesar das cores utilizadas serem as mesmas.

Tapete

Este tapete foi o primeiro trabalho de arraiolos que fiz, há já alguns anos.
Em adolescente fiz bastantes trabalhos em ponto cruz e sempre fiquei com vontade de tentar fazer arraiolos.
A altura chegou quando escorreguei e fracturei a rótula. Além de gesso desde o tornozelo até à coxa fiquei com uma enorme depressão. Num momento de lucidez pensei: se nas prisões e nos centros de desintoxicação os arraiolos são usados como ocupação e terapia a mim também me deve fazer bem...
Eu já tinha uma revista com este tapete e com os "passos básicos" para começar uma almofada de arraiolos. A minha mãe deslocou-se à "Serranofil" e comprou tudo o que era preciso.
A fazer e a desmanchar fiz o tapete num mês, que foi o tempo que tive o gesso. Até a franja fui eu que coloquei com uma pequena explicação que o empregado da loja deu à minha mãe.
Além do tapete ter ficado giro, melhorei bastante da depressão e um mês passou num instante.
A fractura da rótula foi mesmo um grande azar, mas transformou-se num tapete giro.

Banco







Este banco era um antigo "banco de obras".
Esqueci-me de tirar foto antes de começar o trabalho. A tábua estava bastante estragada e rachada e assim usei massa de tapar fendas e só depois lixei e dei o primário. Depois passei à fase da decoupage, pintura e envernizamento.
O meu companheiro gostou tanto do resultado final, que me aconselhou a pô-lo dentro de casa e assim ganhei mais um suporte para vaso (o tal vaso que também decorei), numa pequena estufa interior, que tenho na sala de estar.


Esta pá tem mais de 70 anos de trabalho árduo, estava guardada no "anexo das ferramentas", atrás das novas que estão a uso.
Depois do alguidar senti vontade de recuperar esta pá, que ao invés de estar escondida, passou a estar em lugar de destaque.

Alguidar











Como se pode ver na 1ª foto, este alguidar tem muito anos de uso e estava bem velhinho e ferrugento.
Apliquei-lhe uma tinta própria para pintar sobre ferrugem, sem necessitar lixar a peça e depois fix decoupage, que poderia ter ficado melhor se o fundo não fosse escuro, mas é o verde que combina com outras coisas que tenho no logradouro.
De um alguidar velho, fiquei com uma floreira nova!

Vaso de loiça


Este vaso originalmente era cor-de-laranja e resolvi decorá-lo assim para condizer com um antigo "banco de obras" que renovei.

Suporte de madeira





Acho que ficou muito fofinho! O que acham?
Fica muito bem num quartinho de criança.

O meu 1º trabalho de decoupage


Apesar de não estar uma grande perfeição, uso-a bastante e agora até acho que não ficou assim tão mal.

Potes







Tapete


1ª Mala


terça-feira, 14 de julho de 2009

A Espantalhinha risonha


Bem precisava de uma espantalhinha assim simpática na minha horta, mas era para os caracóis e para as lesmas que me roem as couves.
Como não iria resultar, estes bichinhos "roedores" podem continuar a alimentar-se e, como os legumes fazem bem à saúde, tenho na minha horta caracóis saudáveis.

Alegria na cozinha


Dedicada a todos os cozinheiros e cozinheiras que fazem do seu trabalho um verdadeiro prazer.

O piquenique

Esta telha lembra-me o último piquenique que fiz com as minhas amigas Reikianas.
Já não fazia um piquenique havia anos e foi tão bom...

Vasos de flores


A ovelha negra

Esta telha é dedicada a mim, ao modo subtil como a família me considera.
Eu, pelo contrário, tenho muito orgulho em ser "ovelha negra", ser independente, agir pela minha própria cabeça e não me reger por padrões convencionais.

O galo e as suas galinhas

Esta telha mostra como o galo vê as galinhas:
bem pequeninas...
Dedicada a todos os galos e a todos os outros animais que se identifiquem com ele.

Os pássaros e as cerejas

Dedicado a todos os pássaros que fazem do meu terreno rota de voo, comendo as cerejas antes de eu as considerar suficientemente doces para as apanhar.

Paisagem repousante


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Telhas decorativas

Todas as telhas apresentadas têm mais de 90 anos de uso e são provenientes dum telheiro que desmontei.
Sempre gostei de telhas decorativas, mas quando via alguma nunca era o momento oportuno para a comprar.
Agora sinto-me feliz por já ter várias feitas por mim e até já ter feito para oferta e a pedido.

É possível renascer!

Olá a todos!

Tenho 50 anos, vivo com o meu companheiro, com as minhas duas filhas, de 27 e 22 anos e também com 3 cadelas, 2 gatas adultas, 2 periquitos e, desde há 3 semanas, com mais 2 gatinhos recém-nascidos, que encontrei no contentor do lixo, dentro de um saco de plástico bem atado.
Embora ainda sejam completamente dependentes (estão a ser alimentados a biberão com um leite em pó próprio para gatinhos órfãos), estão bem tratados e vivaços, até vão comigo para o emprego, pois têm de mamar de 3 em 3 horas.
Já deu para perceber que adoro animais e especialmente gatos!
Desde pequena que aprecio artesanato e cedo comecei a fazer tricot, croché e ponto cruz.
Vivo numa torre de 15 andares e desde há muito que um dos meu sonhos era ter uma casinha com um canteiro.
Realizei este sonho há cerca de 10 anos, quando comprei uma casinha entre Tomar e Ferreira do Zêzere, com um logradouro com um canteiro e não só, com mais de 1000m2 de terreno e umas 10 árvores de fruto.
Desde então, sempre que possível, que me dedico à bricolage (pintura de paredes, tectos, janelas, etc.), à jardinagem (já fiz mais 5 canteiros de flores) e nesta altura tenho cerca de 40 árvores de fruto. Organizei uma pequena horta, "engendrei" um sistema de rega para manter tudo minimamente regado... Nestes 10 anos tenho aprendido muito sobre árvores, flores, plantação e manutenção de todo este "património verde".
Eu, que nasci em Lisboa, num 2º andar, vivo nos arredores e trabalho em Lisboa, é nesta minha 2ª casa que me sinto feliz!
Tudo estava quase perfeito até me aproximar dos 50 anos, comecei a sentir-me tristonha e atenção que eu sempre assumi a minha idade com muito orgulho, sentindo-me até mais nova que as minhas filhas...
Foi então, que numa conversa de almoço com uma colega que faz decoupage, o assunto me chamou à atenção e comecei a "investigar na net". Entusiasmei-me, comprei os materiais essenciais e resolvi fazer decoupage numa caixinha de madeira, que comprei por 1€ nos chineses.
Como poderão ver, a caixinha tem bastantes defeitos, mas está a uso e serve para me recordar de vários pormenores que eu não tive em atenção na altura. Daí para cá nunca mais parei e em Junho, quando tive 2 semanas de férias, aproveitei todos os bocadinhos que tinha e fiz bastantes coisas e renovei outras, dando-lhes um novo "look".
Nesta altura tenho vários sacos com peças para trabalhar, algumas novas e outras bem usadas e velhas, que até me têm dado.
Sempre disse que não tinha o mínimo jeito para o desenho e pintura, agulhas sim, mas pincéis não. Agora adoro este meu novo entretém, sinto que aos 50 anos renasci e desejo viver outros tantos para poder fazer tudo o que me vem à mente e as ideias são tantas...
Nunca é tarde para aprender coisas novas, melhorarmos as nossas capacidades (até as que desconhecemos) e aumentar a nossa auto-estima.

Um grande beijinho