Fui eu que fiz?

Ontem, falando com uma colega sobre artesanato ela confessou-me que admira todo o tipo de artesanato, mas que só faz croché, ao contrário de mim que não fazia croché.

- Eu respondi: estás enganada rapariga, já fiz muito croché na vida...
- Ah, gostava de ver...
- Então amanhã falamos.

Confesso, que não gosto que desconfiem do que digo e quando cheguei a casa, fui tirar de uma gaveta uns trabalhinhos meus e hoje já lhe mostrei.

Ela então disse-me: tenho que admitir que não te imaginava a fazer croché...

- Como vês estavas enganada, estes trabalhos já têm anos, mas ainda em Maio fiz a minha primeira camisola em croché.

Já que mexi em trabalhos feitos há bastantes anos, e sei que há seguidoras que apreciam estes trabalhos, deixo aqui um, que tem mais de 25 anos, tirei de um naperon de uma vizinha a parte central e adaptei com uns motivos que tirei de outro naperon, cujo centro era em abertos e fechados.




Fiz em cor crua, tem 1,20 de comprimento e nas pontas as tradicionais borlas.

Espero que gostem, eu adorei revê-lo e vou levá-lo para a minha casita, pois o camiseiro onde eu o usava está lá.

Não gostei foi de ao tentar relembrar-me de como se faz o centro, porque tem segredo, não ter sido capaz de o fazer, pois fiquei com umas dores de cabeça horríveis e achei melhor não abusar da sorte...

Comentei com o meu marido que me disse: deixa-te disso, como diz a tua amiga Pip... "estás boa como o milho" e se apagaste coisas do disco rígido, arranjaste espaço para armazenares outras.

Tive de concordar, lembrei-me da minha sábia avó Maria, que dizia: Quando Deus nos fecha uma porta, abre-nos sempre uma janela.